"De rosas era teu dia
o pessegueiro floria
os pássaros em revoada
vinham pousar no beiral
quando o sol iluminava
a roseira, o quintal.
Hoje, a tua-minha casa
nada tem de ti vazia
é roseira ressequida
raiz na rocha implantada
só pelo vento batida.
Saudade por não te ter
saudade por não te ver
só trazem águas salgadas
nos rios que correm nos montes
e brotam nas minhas fontes."
Maria Ivone Vairinho